Planejamento de campanha eleitoral

Planejamento de campanha

Como planejar

Basicamente, temos que responder duas perguntas:
1 – Qual é a meta?
2 – Como atingi-la?

A partir destas duas questões, várias outras se abrem e precisam ser respondidas.

O primeiro grupo de questões serve para se determinar a meta com precisão, e inclui perguntas como:

1 – Qual é o mandato pretendido?
2 – Qual é o número de votos necessário para que isto ocorra?

Bom, sabemos que a resposta para a questão um é que o mandato pretendido é para deputado estadual. A segunda precisamos definir. Tendo estas duas questões respondidas, já teremos estabelecida a meta principal.

As questões a seguir são úteis para a execução de um planejamento global de uma campanha:

1 – Qual é o potencial de votos nos bairros, na cidade, nas categorias em que concorro o Candidato?

2 – Quantos votos já temos?
Este é o potencial do candidato

3 – Onde estão e quem são meus eleitores?
Aqui precisamos ter em mente qual a penetração territorial da candidatura e em quais segmentos da população estão os eleitores.

4 – Quantos votos nos faltam?
Aqui subtraímos o número de votos que estimamos na questão 2 pelo número de votos que precisamos

5 – Qual a margem de segurança necessária para assegurar a eleição?
Uma boa maneira de estimar isto é multiplicando o número de votos que precisa por 3.

6 – Onde temos mais chance de consegui-los?
Podemos saber onde conseguir, aplicando o princípio da semelhança ou similaridade, determinando como eleitorado potencial aqueles que tiverem maior semelhança com a resposta obtida na questão 3. Pois é mais fácil ao candidato expandir sua influência a partir dos segmentos da população e territórios onde tenha a sua presença já consolidada.

7 – Quem são meus concorrentes?
Quais são os candidatos que disputa o mesmo eleitorado que o nosso.

8 – Qual a situação deles em relação ao eleitorado?
Conhecer qual a penetração de seus concorrente, para saber quais são seus pontos fortes e fracos.

9 – Quem poderia ser meus aliados? Aqui, e nas questões 10 e 11, pode-se incluir como aliado, possíveis alianças com outros candidatos, no caso, a deputado federal.
Levantamento de lideranças que poderiam colaborar com a campanha. Pessoas formadoras de opinião com quem poderemos contar.

10 – Onde eles atuam e qual a situação?
Esta resposta é importante pois nos permite estudar quais os aliados mais importantes, evitando apoios duvidosos ou pouco vantajosos. Permite também que o Candidato amplie seu universo eleitoral e abranja mais regiões e outras categorias.

11 – Quantos votos poderia nos transferir determinadas alianças?
É importante estimar, ao procurar determinados aliados, quantos votos conseguiremos com este apoio para somarmos ao número de votos que precisamos.

12 – Qual a melhor maneira de manter os votos e conseguir os que nos faltam?
Aqui começa a elaboração das estratégias de ação propriamente dita. Onde determinaremos quem são nossos concorrentes mais fortes (se houver) e onde estão localizados, a fim de defender seu reduto eleitoral e consolidar a sua posição e, a partir daí, procurar ampliar a faixa de eleitorado. Determinar atividades como reuniões, plenárias e festas. É comum o candidato basear sua estratégia em conseguir mais votos (chamada posição de ataque), esquecendo de proteger e fortalecer as posições (eleitorado) conquistadas. Isto leva ao esquecimento, por parte dos eleitores, a ação de outros candidatos concorrentes e, também, dá, ao eleitorado, a impressão de abandono da campanha à fatia em que este eleitor está inserido. A conclusão de tudo isto é a perda de votos conquistados a duras penas.

13 – Quanto nos custaria esta conquista?
Nesta fase do planejamento, baseado nas estratégias de ação, determinaremos as necessidades materiais e humanas e as englobaremos no orçamento.

14 – Quanto temos para gastar e quais os recursos humanos de que dispomos?
Aqui procuraremos realizar um verdadeiro balanço, verificaremos a viabilidade de executar o orçamento proposto e, caso nossas disponibilidades estejam abaixo do ideal, teremos que voltar à questão 12 onde procuraremos enxugar nossas ações, estudando uma nova estratégia, elaborando novo orçamento, mais adequado às possibilidades. No caso de, mesmo após essa reavaliação, o orçamento continuar acima, poderemos passar para o próximo ponto.

15 – Quanto nos falta, onde e como conseguir?

16 – Quanto tempo levaríamos para ampliar nosso orçamento?
Dependendo do tempo para se conseguir mais recursos, o melhor será trabalhar com o que temos, mesmo que com isto limitemos nossa ação.

17 – Quais são as chances de nosso candidato?
Este é o ponto crítico para o candidato. Quando se chegar a este ponto do planejamento é necessário que se utilize toda honestidade possível para que se possa avaliar quais as chances que o candidato tem de ser eleito. Essas chances estão diretamente ligadas à penetração que ele já conseguiu, ao seu potencial de votos, à possibilidade que tem de efetivar alianças, à sua capacidade de financiar a campanha, em relação a tudo que lhe falta. Se o saldo desse balanço for positivo, podemos passar à próxima etapa do planejamento.

18 – Quais os temas que deverão constar da plataforma?

19 – Qual o melhor símbolo e slogan para a campanha?

20 – Qual o melhor visual para a campanha?
O visual, como todos sabemos, inclui todos os materiais a serem executados. Todos devem ser elaborados dentro de um contexto de unidade, ou seja, todas as peças deverão conter elementos visuais comuns, que possibilitem ao público imediata identificação com a sua origem. A escolha desses materiais deve levar em conta, ainda, o conceito penetração (bairro? categoria?), utilidade (onde será fixado, usado) e custo.

21 – Que outros serviços contratar?
A campanha deve contratar o serviço de um assessor de imprensa, devido à importância de manter um alto nível de relacionamento com os meios de comunicação. Responsável por agenda, responsável por contatos com lideranças, por agendar reuniões em bairros e categorias de atuação e outros serviços importantes como os prestados por uma agência de propaganda ou um profissional da área. A campanha deve também contar com uma equipe para colocação e retirada de materiais (faixas, placas, sinalizações) em residências ou outros pontos onde a legislação autorize a veiculação de propaganda eleitoral.

22 – Quando e onde o candidato deve estar presente?
Responde-se a esta questão por meio da elaboração de um roteiro-calendário e de um cronograma de atuação do candidato, onde se inclui a realização dos seus pronunciamentos, a presença em atividades, plenárias, churrascos, festas, eventos, etc.

23 – Como controlar o fluxo financeiro da campanha?
Aqui deveremos indicar pessoas de confiança que controle o volume de entrada e saída, não só de recursos financeiros. Esta pessoa ou pessoas poderão dispor de uma equipe, pois também controlarão todo o volume de campanha, isto é, entrada e saída dos materiais de divulgação da campanha.

24 – Por fim, neste resumo de uma campanha eleitoral, precisaremos ter uma equipe central que controle, selecione, coordene e saiba utilizar todas as informações que venham do conjunto da campanha. Esta equipe ainda terá que orientar e treinar pessoal, formular e reformular estratégias, enfim, será o cérebro da campanha.

Importante: Um fator que devemos levar em consideração é que, para se obter um planejamento confiável, é preferível ser pessimista a ser otimista nas respostas, é melhor estarmos preparados para o pior do que se manter num posicionamento otimista, pois aí, qualquer falha poderá nos custar o desmoronamento da campanha. Deixemos o otimismo para o candidato.

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