Palavras da salvação!

Existem três fases na vida de um homem: a primeira é quando ele acredita no papai noel, a segunda é quando ele interpreta o papai noel e a terceira é quando ele é o próprio papai noel.

Palavras da salvação!

Hebe Camargo é nome artístico. O nome de batismo dela é Esperança. Infelizmente.

Meu amigo é tão feio que precisou de duas cegonhas pra trazer ele, uma pra carregar, e outra só para pedir desculpas!

Tinham que criar uma rede especializada em "discutir a relação". Mulheres 22 mil caracteres, homens dois botões "fazer as pazes", "terminar"

Palavras da Salvação!

Sou tão azarado que a única coisa que já ganhei em sorteio foi um exame de toque, com plateia!

Quando era rico eu só comia caviar, agora que sou pobre como o quivier.

Esperto mesmo é o pica-pau que só conversa em código morse.

Esperto é o gato, que dorme no telhado para não pagar aluguel.

O amor não é uma coisa que queima e nos deixa loucos. O nome disso é incineração de maconha.

Vaticano já inicia processo de canonização daquele que atualmente vem fazendo muitos milagres... Viva o Photoshop!

falsa baiana

Notícias em Fotos

Menino que chorou no jogo do Verdão contra o Goiás vai conhecer Felipão

Tradução AdminTools para português do Brasil

Escrito pelo Júlio Coutinho no joomlabrasilia.org

Informo que está disponível para download o pacote de tradução do AdminTools para o português do Brasil. O AdminTools é uma extensão que possui uma série de ferramentas voltadas ao gerenciamento da segurança de seu website, dentre elas a opção de atualizar automaticamente sua versão do Joomla! Recentemente publiquei um tutorial de utilização do Admin Tools.
O pacote foi testado localmente em SO GNU/LINUX e Windows, não tendo apresentado nenhum erro de codificação (perda de acentuação) por conta do encoding UTF-8, padrão internacional utilizado. Para usar o pacote o processo é muito simples, devendo ser feito via backend menu Extensões->Instalar/Desinstalar:
1) Instale o Admin Tools; e
2) instale o pacote de tradução.
(*) Lembre-se que o website deve estar em português do Brasil.
(**) Usuários que notarem algum problema na tradução, gentileza reportar pelo email

contato@juliocoutinho.com.br

Este endereço de e-mail está protegido contra SpamBots. Você precisa ter o JavaScript habilitado para vê-lo.
Sucesso!

Saiu a escalação do Palmeiras contra o Fluminense

Estamos nos dedicando muito para este jogo. Vamos com tudo para cima dos adversários!

Homenagem ao grande Candeia

Grande mestre Nei Lopes

Estes são os mais inteligentes

Cachorro é salvo de incêndio

A norte-americana Amy Miller disse acreditar que um anjo salvou seu cão de estimação de um incêndio que destruiu na semana passada um prédio de apartamentos em Lebanon, no estado de Ohio (EUA). Detalhe, o cão se chama Demônio.

Mais informações dão conta de que três pessoas moreram durante o incêndio. Peter, Paul e Jacó eram o nome deles. Aí está mais uma vez o demônio levando a melhor.

Ao lado a foto do sortudo endiabrado.

Após ser pega dirigindo bêbada motorista aparece alcoolizada em tribunal

Flagrada pela oitava vez dirigindo embriagada, a norte-americana Nancy L. Thornburg, de 58 anos, foi condenada a 18 meses de cadeia depois que chegou alcoolizada para a audiência no tribunal em Fond du Lac, no estado do Wisconsin (EUA).

Segundo reportagem do jornal "Fond du Lac Reporter", o incidente ocorreu em 12 de fevereiro. A sentença foi divulgada na última sexta-feira.

Na época, ela apresentou teor de álcool no sangue dez vezes acima do limite permitido.

Nancy já havia cumprido uma pena de 13 meses de cadeia em sua sétima condenação por dirigir bêbada.

Segundo nos conta um enviado especial, Juarez Botelho Pinto, a mulher, ao ser convidada a dirigir-se à prisão, perguntou se pudia tomar uns dois dedinhos antes. Ao que respondeu o juiz, senhor Armando Pinto (não é parente de nosso enviado): A senhora terá mais do que dois dedinhos dentro da cadeia.

Impressionante!

ALGUM DIA VOCÊ PODERIA?

Manchei o mapa cotidiano
jogando-lhe a tinta de um frasco
e mostrei oblíquas num prato
as maçãs do rosto do oceano.

Nas escamas de um peixe de estanho
li lábios novos chamando.

E você? Poderia
algum dia
por seu turno tocar um noturno
louco na flauta dos esgotos?

(Maiakóvski - 1913 - tradução de Haroldo de Campos)

Um dos melhores apoios à Dilma neste segundo turno

Só o samba para ter uma consciência como a representada neste samba.

Mulher, mulher, o que a gente quer, a Dilma presidente!

Um bom programa de uma boa candidata

É este tipo de propaganda que deveria ter sido feito desde o primeiro turno. Um bom programa, dinâmico e ainda mostrando o quanto é errado votar em José me Erra!

Camila, 11 anos, diz porque o futuro do Brasil está com Dilma - TV Vermelho

Camila, 11 anos, diz porque o futuro do Brasil está com Dilma - TV Vermelho

De que lado está a Globo?

A Globo elegeu o Collor e deu no que deu. Elegeu o FHC e metade do Brasil foi privatizado, agora, querem eleger o Serra, não entrem nesta. O povo não é bobo, fora Rede Globo.

Vejam os vídeos:




Belíssima declaração!

Pense bem Marina! Se você não quiser a Amazônia devastada, se você não quer seus conterrâneos marginalisados, o caminho é Dilma presidenta! Ficar em cima do muro não é bonito para quem teve tanto apoio e tanto voto no primeiro turno. É feio, triste, vergonhoso.

Bem feito!

As vezes, antes de se empolgar, é melhor ter certeza se não está brincando com cobra.

Pito completo do padre no Serra!

IstoÉ: senador tucano Arthur Virgílio (PSDB-AM) é um mau perdedor - Portal Vermelho

IstoÉ: senador tucano Arthur Virgílio (PSDB-AM) é um mau perdedor - Portal Vermelho

José ao espelho

Toda manhã você para aqui
O aparelho de barbear em punho firme
Zás zás mas
A cara nova não redime, né?
Vamos conversar um pouco, José?

Você teve um tio
Na Segunda Guerra confinado
Em campo de concentração, José.
Como se sente nesta eleição
Sendo apoiado por neonazistas,
Pela TFP, pela União Nacional Republicana
Nome pomposo para provocadores
De ultradireita fascista?

E agora, José.

E agora,você que foi pobre
E tem a seu lado Daniel Dantas
Você, que foi estudioso
E, ainda este ano
Governador de São Paulo,
Enviou a alunos da rede pública
Livros com pornografia,
Apostilas com 3 Paraguais
Na América do Sul
E cartilhas de alunos
Recomendando site de prostituição?

E agora, José?

Você que foi vítima da ditadura,
Como se sente agredindo,
Apenas por razões eleitorais,
Sua adversária candidata
Que sofreu na carne
A tortura da mesma ditadura
Da qual você fugiu para o Chile?

Hoje de madrugada,
Antes de repousar,
Você veio aqui se olhar.

Lembra, José?

Você ficou me olhando
Em busca de uma ideia.
Eu, cá, deste lado do espelho
Matutando.

Mas ideia não veio
Sentimento não veio
Não veio a lembrança de outros tempos
Quando você lutou pela anistia
Não veio a memória da luta pelas Diretas-Já
Não veio o discurso contra a tortura.

E a noite esfriou
O riso não veio
Não veio a utopia
E seu vice do DEM
Te deu uma agonia
E você me olhou
Com a barba mal-dormida
Querendo uma dica...

E eu te dei, lembra?
Eu disse:
- José, ainda dá tempo
De salvar sua biografia:
Vota na Dilma!
Ninguém vai saber,
Só eu e você, José!

Mas você foi dormir
E agora volta com esse prestobarba
E a cara lambuzada de creme macio
Por que assim me olha, José?

Cadê sua coerência?
Sua jaqueta de blue jeans?
Suas idéias libertárias?

Em que acordo com o Bornhausen
Os Civita, os Frias, os Mesquita, os Marinho
Perdeu-se sua biografia?

José, cadê sua coragem?
Sua independência dos poderosos?
Sua utopia?

Com esse prestobarba na mão
E a cara lambuzada
De macio creme de barba
José, você quer mais uma dica.

Se você gritasse
Se você gemesse,
Se você chorasse
Se você se arrependesse
Ainda dava tempo
Pra salvar sua biografia
Do Brejo das Almas.

Mas sozinho com seu prestobarba
Diante de sua imagem espelhada
Estupefata
Qual bicho capturado
Pela TFP, pela UNR, pelo DEM
Sem teologia
Sem ideologia
Sem utopia
Festejado por neonazistas
E ex-torturadores
Ladeado por Jorge Bornhausen
E Jair Bolsonaro
Ex-mililar raivoso
Que pede o fuzilamento do presidente Lula.

José, você marcha.
José, para onde?

Serra ataca Marina

Isto a Veja (panfleto do PSDB), a Globo, a Folha de SP (Falha), não mostram

Frei Betto, brilhante: a verdadeira Dilma

por Frei Betto*
Conheço Dilma Rousseff desde criança. Éramos vizinhos na rua Major Lopes, em Belo Horizonte.

Ela e Thereza, minha irmã, foram amigas de adolescência.


Anos depois, nos encontramos no presídio Tiradentes, em São Paulo. Ex-aluna de colégio religioso, dirigido por freiras de Sion, Dilma, no cárcere, participava de orações e comentários do Evangelho.

Nada tinha de “marxista ateia”.


Nossos torturadores, sim, praticavam o ateísmo militante ao profanar, com violência, os templos vivos de Deus: as vítimas levadas ao pau-de-arara, ao choque elétrico, ao afogamento e à morte.
Em 2003, deu-se meu terceiro encontro com Dilma, em Brasília, nos dois anos em que participei do governo Lula. De nossa amizade, posso assegurar que não passa de campanha difamatória -diria, terrorista- acusar Dilma Rousseff de “abortista” ou contrária aos princípios evangélicos.
Se um ou outro bispo critica Dilma, há que se lembrar que, por ser bispo, ninguém é dono da verdade.

Nem tem o direito de julgar o foro íntimo do próximo.


Dilma, como Lula, é pessoa de fé cristã, formada na Igreja Católica.

Na linha do que recomenda Jesus, ela e Lula não saem por aí propalando, como fariseus, suas convicções religiosas. Preferem comprovar, por suas atitudes, que “a árvore se conhece pelos frutos”, como acentua o Evangelho.

É na coerência de suas ações, na ética de procedimentos políticos e na dedicação ao povo brasileiro que políticos como Dilma e Lula testemunham a fé que abraçam.
Sobre Lula, desde as greves do ABC, espalharam horrores: se eleito, tomaria as mansões do Morumbi, em São Paulo; expropriaria fazendas e sítios produtivos; implantaria o socialismo por decreto…
Passados quase oito anos, o que vemos? Um Brasil mais justo, com menos miséria e mais distribuição de renda, sem criminalizar movimentos sociais ou privatizar o patrimônio público, respeitado internacionalmente.

Até o segundo turno, nichos da oposição ao governo Lula haverão de ecoar boataria e mentiras. Mas não podem alterar a essência de uma pessoa. Em tudo o que Dilma realizou, falou ou escreveu, jamais se encontrará uma única linha contrária ao conteúdo da fé cristã e aos princípios do Evangelho.
Certa vez indagaram a Jesus quem haveria de se salvar. Ele não respondeu que seriam aqueles que vivem batendo no peito e proclamando o nome de Deus. Nem os que vão à missa ou ao culto todos os domingos. Nem quem se julga dono da doutrina cristã e se arvora em juiz de seus semelhantes.
A resposta de Jesus surpreendeu: “Eu tive fome e me destes de comer; tive sede e me destes de beber; estive enfermo e me visitastes; oprimido, e me libertastes…” (Mateus 25, 31-46). Jesus se colocou no lugar dos mais pobres e frisou que a salvação está ao alcance de quem, por amor, busca saciar a fome dos miseráveis, não se omite diante das opressões, procura assegurar a todos vida digna e feliz.
Isso o governo Lula tem feito, segundo a opinião de 77% da população brasileira, como demonstram as pesquisas. Com certeza, Dilma, se eleita presidente, prosseguirá na mesma direção.
*Frei Betto é frade dominicano, escritor e jornalista.

Até as crianças já sabem

Orgulho do papai!!!

Minha filhinha gravou este depoimento, preocupada com as baixarias e mentiras que vem sendo ditas a respeito de Dilma Rousseff. Vejam, não é porque eu sou o pai, mas ficou lindo.

Serra sabotou os direitos dos trabalhadores

Quanto aos direitos dos trabalhadores, a CMB ressalta que “na Constituinte de 88, Serra faltou à votação que garantiu 30 dias de aviso prévio, a estabilidade do dirigente sindical e o direito de greve às servidoras e servidores públicos. Para completar, foi contra a existência das Comissões de Fábricas nas Indústrias. Serra é a ‘contra-mão’ da luta do trabalhador e do povo brasileiro”.

Por outro lado, o governo Lula “garantiu 14 milhões de empregos com carteira assinada. Na construção civil o número de mulheres trabalhadoras dobrou e mulheres trabalhadoras domésticas se tornaram construtoras de navios na indústria naval. Hoje temos a primeira Comandante de um navio, a paraense Hildelene, comandante de um navio petroleiro”.

Serra impediu concessão de licença maternidade em São Paulo

“Serra votou em branco, se omitiu, na votação da Constituinte Cidadã que garantiu a licença paternidade de cinco dias. Como prefeito da capital e depois como governador do Estado de São Paulo, não concedeu a licença maternidade de 6 meses para as servidoras públicas municipais e estaduais da cidade e do estado mais rico do país. A participação do pai deve ser cada vez maior junto aos filhos e a Organização Mundial de Saúde recomenda que as mães tenham licença maternidade de pelo menos 180 dias (6 meses) assegurando o aleitamento materno e diminuindo a mortalidade infantil no primeiro ano de vida”, denuncia a CMB.

Ao contrário de Serra e do governo do PSDB, lembra a entidade que “Lula, com Dilma na coordenação de seu governo, aumentou a licença maternidade de 120 dias (4 meses) para 180 dias (6 meses) para as servidoras públicas federais. Deu incentivos fiscais para as empresas privadas que concederem os 6 meses às suas funcionárias criando o Programa Empresa Cidadã”.

Vamos comparar

Dez falsos motivos para não votar na Dilma - Por Jorge Furtado, cineasta

Tenho alguns amigos que não pretendem votar na Dilma, um ou outro até diz que vai votar no Serra. Espero que sigam sendo meus amigos. Política, como ensina André Comte-Sponville, supõe conflitos: “A política nos reúne nos opondo: ela nos opõe sobre a melhor maneira de nos reunir”.

Leio diariamente o noticiário político e ainda não encontrei bons argumentos para votar no Serra, uma candidatura que cada vez mais assume seu caráter conservador. Serra representa o grupo político que governou o Brasil antes do Lula, com desempenho, sob qualquer critério, muito inferior ao do governo petista, a comparação chega a ser enfadonha, vai lá para o pé da página, quem quiser que leia. (1)

Ouvi alguns argumentos razoáveis para votar em Marina, como incluir a sustentabilidade na agenda do desenvolvimento. Marina foi ministra do Lula por sete anos e parece ser uma boa pessoa, uma batalhadora das causas ambientalistas. Tem, no entanto (na minha opinião) o inconveniente de fazer parte de uma igreja bastante rígida, o que me faz temer sobre a capacidade que teria um eventual governo comandado por ela de avançar em questões fundamentais como os direitos dos homossexuais, a descriminalização do aborto ou as pesquisas envolvendo as células tronco.

Ouço e leio alguns argumentos para não votar em Dilma, argumentos que me parecem inconsistentes, distorcidos, precários ou simplesmente falsos. Passo a analisar os dez mais freqüentes:

1. “Alternância no poder é bom”.
Falso. O sentido da democracia não é a alternância no poder e sim a escolha, pela maioria, da melhor proposta de governo, levando-se em conta o conhecimento que o eleitor tem dos candidatos e seus grupo políticos, o que dizem pretender fazer e, principalmente, o que fizeram quando exerceram o poder. Ninguém pode defender seriamente a idéia de que seria boa a alternância entre a recessão e o desenvolvimento, entre o desemprego e a geração de empregos, entre o arrocho salarial e o aumento do poder aquisitivo da população, entre a distribuição e a concentração da riqueza. Se a alternância no poder fosse um valor em si não precisaria haver eleição e muito menos deveria haver a possibilidade de reeleição.

2. “Não há mais diferença entre direita e esquerda”.
Falso. Esquerda e direita são posições relativas, não absolutas. A esquerda é, desde a sua origem, a posição política que tem por objetivo a diminuição das desigualdades sociais, a distribuição da riqueza, a inserção social dos desfavorecidos. As conquistas necessárias para se atingir estes objetivos mudam com o tempo. Hoje, ser de esquerda significa defender o fortalecimento do estado como garantidor do bem-estar social, regulador do mercado, promotor do desenvolvimento e da distribuição de riqueza, tudo isso numa sociedade democrática com plena liberdade de expressão e ampla defesa das minorias. O complexo (e confuso) sistema político brasileiro exige que os vários partidos se reúnam em coligações que lhes garantam maioria parlamentar, sem a qual o país se torna ingovernável. A candidatura de Dilma tem o apoio de políticos que jamais poderiam ser chamados de “esquerdistas”, como Sarney, Collor ou Renan Calheiros, lideranças regionais que se abrigam principalmente no PMDB, partido de espectro ideológico muito amplo. José Serra tem o apoio majoritário da direita e da extrema-direita reunida no DEM (2), da “direita” do PMDB, além do PTB, PPS e outros pequenos partidos de direita: Roberto Jefferson, Jorge Borhausen, ACM Netto, Orestes Quércia, Heráclito Fortes, Roberto Freire, Demóstenes Torres, Álvaro Dias, Arthur Virgílio, Agripino Maia, Joaquim Roriz, Marconi Pirilo, Ronaldo Caiado, Katia Abreu, André Pucinelli, são todos de direita e todos serristas, isso para não falar no folclórico Índio da Costa, vice de Serra. Comparado com Agripino Maia ou Jorge Borhausen, José Sarney é Che Guevara.

3. “Dilma não é simpática”(?).
Argumento precário e totalmente subjetivo. Precário porque a simpatia não é, ou não deveria ser, um atributo fundamental para o bom governante. Subjetivo, porque o quesito “simpatia” depende totalmente do gosto do freguês. Na minha opinião, por exemplo, é difícil encontrar alguém na vida pública que seja mais antipático que José Serra, embora ele talvez tenha sido um bom governante de seu estado. Sua arrogância com quem lhe faz críticas, seu destempero e prepotência com jornalistas, especialmente com as mulheres, chega a ser revoltante.


4. “Dilma não tem experiência”.
Argumento inconsistente. Dilma foi secretária de estado, foi ministra de Minas e Energia e da Casa Civil, fez parte do conselho da Petrobras, gerenciou com eficiência os gigantescos investimentos do PAC, dos programas de habitação popular e eletrificação rural. Dilma tem muito mais experiência administrativa, por exemplo, do que tinha o Lula, que só tinha sido parlamentar, nunca tinha administrado um orçamento, e está fazendo um bom governo.
5. “Dilma foi terrorista” (foi contra os assassinos).

Argumento em parte falso, em parte distorcido. Falso, porque não há qualquer prova de que Dilma tenha tomado parte de ações “terroristas”. Distorcido, porque é fato que Dilma fez parte de grupos de resistência à ditadura militar, do que deve se orgulhar, e que este grupo praticou ações armadas, o que pode (ou não) ser condenável. José Serra também fez parte de um grupo de resistência à ditadura, a AP (Ação Popular), que também praticou ações armadas, das quais Serra não tomou parte. Muitos jovens que participaram de grupos de resistência à ditadura hoje participam da vida democrática como candidatos. Alguns, como Fernando Gabeira, participaram ativamente de seqüestros, assaltos a banco e ações armadas. A luta daqueles jovens, mesmo que por meios discutíveis, ajudou a restabelecer a democracia no país e deveria ser motivo de orgulho, não de vergonha.
6. “As coisas boas do governo petista começaram no governo tucano” (mentira).

Falso. Todo governo herda políticas e programas do governo anterior, políticas que pode manter, transformar, ampliar, reduzir ou encerrar. O governo FHC herdou do governo Itamar o real, o programa dos genéricos, o FAT, o programa de combate a AIDS. Teve o mérito de manter e aperfeiçoá-los, desenvolvê-los, ampliá-los. O governo Lula herdou do governo FHC, por exemplo, vários programas de assistência social. Teve o mérito de unificá-los e ampliá-los, criando o Bolsa Família. De qualquer maneira, os resultados do governo Lula são tão superiores aos do governo FHC que o debate “quem começou o quê” torna-se irrelevante.
7. “Serra vai moralizar a política” (ridículo).

Argumento inconsistente. Nos oito anos de governo tucano-pefelista - no qual José Serra ocupou papel de destaque, sendo escolhido para suceder FHC - foram inúmeros os casos de corrupção, um deles no próprio Ministério da Saúde, comandado por Serra, o superfaturamento de ambulâncias investigado pela “Operação Sanguessuga”. Se considerarmos o volume de dinheiro público desviado para destinos nebulosos e paraísos fiscais nas privatizações e o auxílio luxuoso aos banqueiros falidos, o governo tucano talvez tenha sido o mais corrupto da história do país. Ao contrário do que aconteceu no governo Lula, a corrupção no governo FHC não foi investigada por nenhuma CPI, todas sepultadas pela maioria parlamentar da coligação PSDB-PFL. O procurador da república ficou conhecido com “engavetador da república”, tal a quantidade de investigações criminais que morreram em suas mãos. O esquema de financiamento eleitoral batizado de “mensalão” foi criado pelo presidente nacional do PSDB, senador Eduardo Azeredo, hoje réu em processo criminal. O governador José Roberto Arruda, do DEM, era o principal candidato ao posto de vice-presidente na chapa de Serra, até ser preso por corrupção no “mensalão do DEM”. Roberto Jefferson, réu confesso do mensalão petista, hoje apóia José Serra. Todos estes fatos, incontestáveis, não indicam que um eventual governo Serra poderia ser mais eficiente no combate à corrupção do que seria um governo Dilma, ao contrário.
8. “O PT apóia as FARC” (mais ridículo ainda).

Argumento falso. É fato que, no passado, as FARC ensaiaram uma tentativa de institucionalização e buscaram aproximação com o PT, então na oposição, e também com o governo brasileiro, através de contatos com o líder do governo tucano, Arthur Virgílio. Estes contatos foram rompidos com a radicalização da guerrilha na Colômbia e nunca foram retomados, a não ser nos delírios da imprensa de extrema-direita. A relação entre o governo brasileiro e os governos estabelecidos de vários países deve estar acima de divergências ideológicas, num princípio básico da diplomacia, o da auto-determinação dos povos. Não há notícias, por exemplo, de capitalistas brasileiros que defendam o rompimento das relações com a China, um dos nossos maiores parceiros comerciais, por se tratar de uma ditadura. Ou alguém acha que a China é um país democrático?

9. “O PT censura a imprensa” (mentira, a imprensa que o censura).
Argumento falso. Em seus oito anos de governo o presidente Lula enfrentou a oposição feroz e constante dos principais veículos da antiga imprensa. Esta oposição foi explicitada pela presidente da Associação Nacional de Jornais (ANJ) que declarou que seus filiados assumiram “a posição oposicionista (sic) deste país”. Não há registro de um único caso de censura à imprensa por parte do governo Lula. O que há, frequentemente, é a queixa dos órgãos de imprensa sobre tentativas da sociedade e do governo, a exemplo do que acontece em todos os países democráticos do mundo, de regulamentar a atividade da mídia.

10. “Os jornais, a televisão e as revistas falam muito mal da Dilma e muito bem do Serra”.
Isso é verdade. E mais um bom motivo para votar nela e não nele.

FATOS MUITO IMPORTANTES:

(1) Alguns dados comparativos dos governos FHC e Lula.

Geração de empregos:
FHC/Serra = 780 mil x Lula/Dilma = 12 milhões

Salário mínimo:
FHC/Serra = 64 dólares x Lula/Dilma = 290 dólares

Mobilidade social (brasileiros que deixaram a linha da pobreza):
FHC/Serra = 2 milhões x Lula/Dilma = 27 milhões

Risco Brasil:
FHC/Serra = 2.700 pontos x Lula/Dilma = 200 pontos

Dólar:
FHC/Serra = R$ 3,00 x Lula/Dilma = R$ 1,78

Reservas cambiais:
FHC/Serra = 185 bilhões de dólares negativos x Lula/Dilma = 239 bilhões de dólares positivos.

Relação crédito/PIB:
FHC/Serra = 14% x Lula/Dilma = 34%

Produção de automóveis:
FHC/Serra = queda de 20% x Lula/Dilma = aumento de 30%

Taxa de juros:
FHC/Serra = 27% x Lula/Dilma = 10,75%

(2) Elio Gaspari, na Folha de S.Paulo de 25.07.10:

José Serra começou sua campanha dizendo: "Não aceito o raciocínio do nós contra eles", e em apenas dois meses viu-se lançado pelo seu colega de chapa numa discussão em torno das ligações do PT com as Farc e o narcotráfico. Caso típico de rabo que abanou o cachorro. O destempero de Indio da Costa tem método. Se Tupã ajudar Serra a vencer a eleição, o DEM volta ao poder. Se prejudicar, ajudando Dilma Rousseff, o PSDB sairá da campanha com a identidade estilhaçada. Já o DEM, que entrou na disputa com o cocar do seu mensalão, sairá brandindo o tacape do conservadorismo feroz que renasceu em diversos países, sobretudo nos Estados Unidos.

*Um dos mais respeitados cineastas brasileiros, Jorge Alberto Furtado, 51 anos, trabalhou como repórter, apresentador, editor, roteirista e produtor. Já realizou mais de 30 trabalhos como roteirista/diretor e recebeu 13 premiações dentre os quais, o Prêmio Cinema Brasil, em 2003, de melhor diretor e de melhor roteiro original do longa O homem que copiava.

Do
www.casacinepoa.com.br

DIA 31/10, DILMA PARA PRESIDENTE!

Há 68 anos Palmeiras renascia campeão!


Por Railídia Carvalho
Jornalista e amiga


Os jogadores do palmeiras pareciam saídos do túnel do tempo. Foi de arrepiar quando o time entrou em campo domingo no Pacaembu vestindo camisa alusiva ao jogo de 20 de setembro de 1942 em episódio conhecido como a Arrancada Heróica.

Por conta da segunda guerra mundial o Palestra Itália, fundado por italianos, foi obrigado a trocar de nome e, como Palmeiras, entrou em campo pela primeira vez no dia 20 de setembro contra o São Paulo. No Pacaembu. 

Nas mãos dos jogadores do Palmeiras a bandeira brasileira. Placar: Palmeiras 3 x 1, campeão estadual. Vexame histórico: São Paulo abandona o navio antes do barco afundar.

Em 19 de setembro de 2010, o Palmeiras, “que sabe ser brasileiro”, entrou em campo carregando a bandeira brasileira em cena capaz de arrancar lágrimas de muitos marmanjos quanto mais dessa paraense chorona, filha adotiva da paulicéia e torcedora fervorosa. Do verdão. Do palmeiras. Do palestra.

Ah, Palestra, tu que vens de antes de todos nós sempre tens lições a nos dar. A entrada gloriosa no estádio do Pacaembu reafirma que a herança dos que te seguem é de nobreza, perseverança, glória. Pela luta, pelo merecimento do guerreiro que não abandona a batalha, nem o navio, nem o campo. Isso é coisa para os ratos. 

Quem se pôs de pé e recomeçou a própria história de resistência, afirmação e paixão foste tu, Palmeiras. Tu, que nascestes Palestra pelas mãos de um povo tão apaixonado quanto o brasileiro, esse filho de tantos povos e que fez dessa origem seu traço marcante, característico, singular.

O que me apertou o coração ontem foi o amor que tenho pelo Palmeiras. É pouco peito pra tanta paixão. Negócio que transborda, vicia, persiste, aumenta, lateja, faz rir e faz chorar. De alegria. De tristeza. De comoção. É bom chorar porque a brasa que fica dentro da gente se abranda um pouco.

Em 2010 completam-se 68 anos que o Palmeiras renascia campeão. Também em 2010 completam 40 anos dois homens que amo e a quem dedico essas reflexões: Fernando Szegeri e Teo, que atende pelo apelido de Marco Bressan. 

Assim como o Palmeiras de antes e o de agora, Fê e Téo são como água e vinho. Durante os jogos, o primeiro se descabela e faz caras e bocas já o segundo se mantém impassível mexendo na barbicha. Fê foi meu professor em Palmeiras e o Téo alimenta a minha paixão alviverde.  Ambos estão, junto com o Palmeiras, no meu coração, verde, claro!

Tarantela Alvi-verde*

Nasceste Palestra, de palestra amistosa
Nos tempos do Fanfulla e das cantinas do Brás
Cresceste Palmeiras de sombra frondosa
Palmeiras! Palestra!
Dos meus ancestrais
Teu passado, tua história
Tua luta, tua glória
Conquistaste com amor juvenil
E ligaste então com teu coração
O sangue da Itália e do Brasil

Palestra! Palmeiras!
As duas bandeiras unidas estão
Palmeiras! Palestra!
É dia de festa no meu coração!

* Por Sílvio Caldas

Publicidade de 1919

Atualmente existem campanhas publicitárias que devem ser melhor pensadas. Olhar o passado da publicidade também ajuda. 
Em 1919 uma campanha a favor da proibição do Alcool nos EUA mostrava a foto abaixo. :
No cartaz está escrito: LÁBIOS QUE PROVAM O ÁLCOOL, NÃO PROVARÃO OS NOSSOS


Amigos, agora que vocês leram o cartaz, viram bem a foto, olharam bem para as damas, sejam sinceros...
QUEM IA PARAR DE BEBER???

Carioca, suburbano, mulato e malandro

Olá amigos,

Para vocês, parte do documentário de 1979 sobre João Nogueira. Um vídeo excelente sobre nossa cultura, nosso samba, estilo tipicamente brasileiro, lindo, genial e encatador. Confiram!

Absoluta

Lupicínio Rodrigues

16 de setembro de 1914, Porto Alegre, RS (Brasil)
27 de agosto de 1974, Porto Alegre, RS (Brasil)

Da Página 3 Pedagogia & Comunicação
[creditofoto]
Lupicínio Rodrigues, um dos compositores mais originais da MPB, transformou o banal em obra de arte

Lupicínio Rodrigues nasceu em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, em um bairro pobre da cidade, a Ilhota, no dia 16 de setembro de 1914. Chovia tanto que o córrego próximo da sua casa inundou, obrigando a parteira a chegar lá de barco. Seus pais, Francisco e Abigail, tiveram 21 filhos - e Lupicínio foi o quarto.

Devolva o vinho!

Um homem entra no seu restaurante favorito e senta à mesa de sempre, dá uma olhada ao redor e descobre uma bela mulher em uma mesa próxima.

Ela estava completamente só.

O homem chama o garçom e lhe pede para mandar à mulher o Merlot mais caro que tivesse, supondo que,
se a mulher aceitasse o vinho, se renderia a seus pés.

O garçom levou o vinho à mesa da mulher:

- Isto é um presente daquele cavalheiro.

A mulher olha o vinho com frieza durante um segundo e decide enviar um bilhete ao homem.  Dá ao garçom, e este o entrega ao destinatário.

O bilhete dizia:

"Para que eu aceite este vinho, você deveria ter um Mercedes em sua garagem, um milhão de dólares no banco e 23 centímetros dentro das calças."

Depois de ler o bilhete, o homem decide responder.

Dá um bilhete ao garçom, para que ele entregue à mulher:

O bilhete dizia:

"Para sua informação,  tenho uma Ferrari Modena,  um BMW 850 Csi,  um Audi S8 e um  Mercedes S600 na minha garagem. Além disto, tenho em torno de 12 milhões de dólares na minha conta.  Mas, nem por uma mulher bela como você, eu cortaria dois centímetros do meu pau."

PS: Devolva o vinho!!!

Remorso de gaúcho

Um gaúcho entra na policia em Uruguaiana e dirige-se ao delegado:
-Vim entregar-me, cometi um crime e desde então não consigo viver em paz.
- Meu senhor, as leis aqui são muito severas e são cumpridas e se o senhor é mesmo culpado não haverá apelação nem dor de consciência que o livre da cadeia.
- Atropelei um argentino na estrada BR-472, perto de Itaqui.
- Ora meu amigo, como o senhor pode se culpar se estes argentinos atravessam as ruas e as estradas a todo o momento?
- Mas ele estava no acostamento.
- Se estava no acostamento é porque queria atravessar, se não fosse o senhor seria outro qualquer.
- Mas não tive nem a hombridade de avisar a família daquele homem, sou um crápula!
- Meu amigo, se o senhor tivesse avisado haveria manifestação, repudio popular, passeata,repressão, pancadaria e morreria muito mais gente, acho o senhor um pacifista, merece uma estatua.
- Eu enterrei o pobre homem ali mesmo, na beira da estrada.
- O senhor é um grande humanista, enterrar um argentino, é um benfeitor, outro qualquer o abandonaria ali mesmo para ser comido por urubus e
outros animais, provavelmente até hienas.
- Mas enquanto eu o enterrava, ele gritava : Estoy vivo, estoy vivo!
- Garanto que era mentira dele, esses argentinos mentem muito!!!

Raciocínio rápido de um corno inteligente

O  cara chega de surpresa em casa e surpreende a mulher na cama com outro.

Tira o revólver da cintura, toma cuidado para não ser percebido pelos dois, arma o gatilho e já vai se preparando pra meter bala neles quando pára pra pensar.

Vai se lembrando de como a sua vida havia melhorado nos últimos tempos.

A mulher já não pedia dinheiro pra comprar carne, aliás, nem para comprar roupas, jóias e sapatos, apesar de todo dia aparecer de vestido novo, jóia nova ou uma sandalhinha descolada.

Os meninos mudaram da escola pública para o Objetivo.

Sem contar que a mulher trocou de carro, apesar dele estar a quatro anos sem aumento e ter cortado a mesada dela.

O supermercado, então, nem se fala, eles nunca tiveram tanta fartura quanto nos últimos meses, cerveginha gelada no jantar todo santo dia.
E as contas de luz, água, telefone, Internet, celular e cartão de crédito, fazia tempo que ele nem ouvia falar.
O caso é que a mulher dele era mesmo um aviãozinho, baixinha, toda gostosinha, roliça, mesmo com três filhos o tempo não passava pra ela. Coisa de louco...

Guarda a arma na cintura, com cuidado pra não ser percebido, e vai saindo devagar, pra não atrapalhar os dois.

Para na porta da sala, pensa um pouco e diz pra si mesmo:'

- O cara paga o aluguel, o supermercado, a escola das crianças, as contas da casa, o carro, o shopping, a cerveja , a carne do churrasco, enfim, todas as despesas e eu ainda vou pra cama com ela todos os dias...

Fecha a porta atrás de si, e conclui sorrindo:

O CORNO É ELE!

Uma de Joãozinho

 Joãozinho chega cedo ao colégio e diz:

- Tia, lá em casa nasceram oito cachorrinhos e todos vão votar no Serra.
- É mesmo!, diz a professora.
Uns quatro ou cinco dias após, o Joãozinho novamente chega à professora e diz:
- Tia lá em casa nasceram oito cachorrinhos e cinco vão votar no Serra.
Então a professora, intrigada, pergunta:
- Ué? Não eram oito cãezinhos???
- Eram, mas três já abriram os olhinhos !!!

O toma-lá-dá-cá da Educação de SP, a imprensa e as eleições 2010 - Portal Vermelho

O toma-lá-dá-cá da Educação de SP, a imprensa e as eleições 2010 - Portal Vermelho

Assim como Lula, Netinho luta pra vencer o preconceito nas urnas - Portal Vermelho

Assim como Lula, Netinho luta pra vencer o preconceito nas urnas - Portal Vermelho

Deve ser muito chato...

Aldo Rebelo: Uma cena da democracia brasileira - Notícias de São Paulo - Portal Vermelho

Aldo Rebelo: Uma cena da democracia brasileira - Notícias de São Paulo - Portal Vermelho

Entrevista exclusiva com Maria Magdalena e Jesus Cristo

Personagens bíblicos comentam o lançamento do livro "O Evangelho de Barrabás", de José Roberto Torero e Marcus Aurelius Pimenta. O curta tem a participação dos atores Ilana Kaplan e Fernando Alves Pinto.

Texto de uma amiga palmeirense

Queridos,

Torcer por um time é um negócio que você nem percebe, quando vê tá xingando o adversário e soltando impropérios (e quantos, no meu caso) no estádio ou em casa quando vê o jogo pela tv. Tirem as crianças da sala!


A “onda Dilma” precisa envolver eleição para o Congresso

Por José Reinaldo de Carvalho, editor do vermelho.org.br

O anúncio, no sábado (21), da dianteira de 17 pontos percentuais alcançada por Dilma Rousseff nas pesquisas eleitorais sobre o candidato da direita à Presidência da República, José Serra (segundo o Datafolha, ela tem 47% das preferências, contra 30% do tucano) aprofundou o desânimo e a apatia na campanha da oposição. E, simultaneamente acendeu a luz verde para outra disputa, que ganha destaque: a luta para derrotar a direita e os conservadores também na Câmara dos Deputados e no Senado.

São Paulo, sempre bela


Ao observar esta foto, poucos acreditam que se trata de uma paisagem no centro comercial de São Paulo. Mas sim, trata-se da Praça da República, região mais que central desta cidade tão tumultuada, agitada, movimentada, que não dorme e tudo quanto é adjetivo para uma metrópole que é a maior da América do Sul.

A pena é que esta foto é apenas um recorte. Basta dar a volta no Coreto para vê-lo se deteriorando, se desgastando e aos poucos morrendo. Nesta cidade, cercada de concreto, há muitos locais assim, belos, arborizados, porém sem muitos cuidados, sem muitos tratos.

A Praça da República, passou por uma reforma recentemente devido à construção da Linha Amarela do metrô e, como ali terá uma nova estação, tiveram que revitalizar o local. Até 2004 o governo municipal iniciou uma tímida recuperação que, posteriormente, foi abandonada pelas administrações seguintes. Porém, olhando assim, vê-se que dá para fazer mais, dá para revitalizar. No entanto precisa mais do que obras, precisa educar a população, precisa acompanhar e estar sermpre mantendo, restaurando, zelando de nossa cidade.

Simplesmente restaurar e, em seguida, largar não resolve, gasta-se dinheiro público em vão.

É isto, vamos observando por aqui e publicando nossas lágrimas.

Abraços e até a próxima.

Quatro propagandas que valem a pena ver

96 anos de garra!

Hoje meu peito bate mais forte, hoje um time de raça, forte e vibrante comemora 96 anos. O povo brasileiro e principalmente paulista comemora, festeja ser nosso país a pátria de um time que lutou para existir, mostrou que mesmo criado por descendentes de italianos é tão tupiniquim quanto qualquer outro. Quando foi perceguido, lutou, como lutou diversos democratas, comunistas, patriotas quando viam sua liberdade ameaçada. Não baixou a cabeça. Chego a afirmar que nosso verde é muito mais brasileiro do que os que nunca tiveram sua nacionalidade contestada. Sim. Pois tivemos que provar para todos que o Brasil nos pertencia, que pertencíamos ao Brasil. Palmeiras, velho combatente. Palmeiras que nunca se vende. Tua força forsa a calar quem te substima. Não so és fruto desta mistura tropical brasileira como já representou teu povo fora de nossas fronteiras. Palmeiras paixão de povo que canta e vibra!

Abaixo, uma homengem de um ilustre palmeirense. Foi gravada pelo cantor e compositor carioca Silvio Caldas.

Não é muito fácil achar informações sobre essa música. A única referência que encontrei até agora foi no Mercado Livre, onde foi vendido um vinil do Palmeiras, de 1976, que continha essa música no lado B, e o hino oficial do clube no lado A.

Clique aqui para ouvir ou baixar (mp3)

Tarantela em Verde e Branco
Silvio Caldas

Nasceste Palestra de Palestra amistosa
nos tempos do Fanfulha e das cantinas do Brás
Cresceste Palmeiras de sombra frondosa
Palmeiras, Palestra dos meus ancestrais
Teu passado tua história
tua luta tua glória
conquistaste com amor juvenil
e ligaste então com teu coração
o sangue da Itália e do Brasil

Palestra, Palmeiras
as duas bandeiras unidas estão
Palmeiras, Palestra
é dia de festa no meu coração

Nasceste Palestra de Palestra amistosa
nos tempos do Fanfulha e das cantinas do Brás
Cresceste Palmeiras de sombra frondosa
Palestra, Palmeiras dos meus ancestrais
Teu passado tua história
tua luta tua glória
conquistaste com amor juvenil
e vingaste então com teu coração
o sangue da Itália e do Brasil

E agora, José?! (ou Canção do dia “pra sempre”)

E agora, José?
A festa acabou,
a Dilma ganhou
o Índio sumiu,
a Globo mudou..
e agora, José?
e agora, você?
você que é sem graça,
que zomba da massa,
você que fez plágio
que amou o pedágio
e agora, José?
Está sem “migué”
está sem discurso,
está sem caminho..
não pode beber,
não pode fumar,
cuspir não se pode,
nem mesmo blogar?
a noite esfriou,
o farol apagou
o voto não veio,
o pobre não veio,
o rico não veio..
não veio a utopia
não veio o João
tão pouco a Maria
e tudo acabou
o Diogo fugiu
o Bornhausen mofou,
e agora, José
E agora, José ?
Sua outra palavra,
seu instante de Lula:
careca de barba!
sua gula e jejum,
sua favela dourada
sua “São-Paulo de ouro”
seu telhado de vidro,
sua incoerência,
seu ódio – e agora ?
com a chave na mão
quer abrir qualquer porta,
não existe porta;
o navio afundou
quer morrer no mar,
mas o mar secou;
quer ir para Minas,
Minas não há mais.
nem Rio, Bahia, Sergipe, Goiás..
José, e agora ?
Se você gritasse,
se você gemesse,
se você tocasse
a valsa da despedida
e a Miriam tirasse…
se você dormisse,
se você cansasse,
como o leitor do Noblat
se você “morresse”
Mas você não morre,
você é vaso “duro”, José !
E sozinho no escuro
qual bicho-do-mato,
sem teogonia,
sem megalomania
Sem Folha, O Globo, Estadão, o Dia..
sem Cantanhede
para se encostar,
sem o cheiro da massa
pra você respirar..
e sem cavalo grego
que fuja a galope,
sem o Ali Babá
pra lhe arranjar algum golpe,
você marcha, José !
José, pra onde?
pra sempre?
E agora, José?
Se quando a festa acabou, o povo falou
que sem você, podia muito mais..
Então, nesse caso: Até nunca mais, José!

ps: O Dia foi só pra compor a rima.

Dilma abre 17 pontos de vantagem e confirma vitória no 1º turno - Portal Vermelho

A primeira mulher presidente do Brasil será eleita em primeiro turno.

100 anos de Rubinato

Rubinato era filho de Ferdinando e Emma Rubinato, imigrantes italianos da localidade de Cavárzere, província de Veneza. Aos dez anos de idade, sua certidão de nascimento foi adulterada para que o ano de nascimento constasse como 1910 possibilitando que ele trabalhasse de forma legalizada: à época a idade mínima para poder trabalhar era de doze anos.

Muito louca!

Geraldo Pereira

Nascido em Juiz de Fora, em 23 de abril de 1908, esse mineiro conquistou o Brasil com o samba - e como compositor da Estação Primeira de Mangueira. Geraldo Pereira levou ao extremo o que se entendia por samba sincopado - onde residia sua genialidade. Trouxe em suas músicas o cotidiano carioca, a mulher e o homem dos morros, uma forma de ver o país em que vivia nos anos 40 que se estende até os dias de hoje. Quem, ao ouvir a irônica Ministério da Economia não diria que essa música com certeza é recém composta? ("Seu presidente, Sua Excelência mostrou que é de fato / Agora tudo vai ficar barato / Agora o pobre já pode comer. / Seu presidente, pois era isso que o povo queria / O Ministério da Economia / parece que vai resolver").

Geraldo Pereira ganhou a vida como motorista de caminhão de coleta de lixo, e gastou tudo o que tinha da velha e boa boemia, por quem viveu e morreu.

Seus sambas atravessaram os tempos e foram retomados na Bossa Nova, com a gravação de Bolinha de Papel em 1961 por João Gilberto - que trouxe a luz o samba e o nome do homem que, seis anos antes (em 05 de maio de 1955), aos 37 anos, morria numa briga de faca com o legendário Madame Satã.

Samba da melhor qualidade

O grupo Arrasta a Sandália se apresenta toda sexta no Cafofo Paulista. A ideia é tocar e cantar sambas, carimbós, batuques, músicas instrumentais e "umas feitiçarias do Pará", como conta Railídia, a linda e talentosa cantora do grupo.

O Arrasta a Sandália é formado por Railídia (voz), Diego (voz e marcação), Kiko Nogueira (cavaco), Koka Pereira (pandeiro), Rodrigo Carneiro (violão de sete cordas) e Samuel Marques (trombone).

Serviço

Dia: sextas-feiras
Hora: a partir das 21h
Local: Cafofo Paulista (avenida Pompéia, 1969 – em frente à padaria Dona Deola. Próximo ao metrô Vila Madalena).
Tel: (11) 3801 2260

Seguem abaixo mais informações sobre o projeto.

"Tocar música instrumental brasileira é o ponto em comum entre os músicos Koka Pereira (percussionista), Rodrigo Carneiro (violão sete cordas) e Samuel Marques (trombonista). A melodia do trio ganhou vozes no encontro com os cantores Railídia e Diego "Gigante" e virou roda de samba com a palhetada do cavaquinista Kiko Nogueira. Nomeado de Arrasta a Sandália, o grupo se apresenta às sexta-feiras, a partir das 21h, no recém-inaugurado Cafofo Paulista, na pompéia. No repertório, Instrumental, Baticuns e Cantorias.

Nesta colcha de retalhos musical em formação cada integrante do Arrasta a Sandália experimenta uma influência artística. A paraense Railídia, que vive em São Paulo há 13 anos, combina as sonoridades aprendidas na terra da garoa e os batuques do Pará com os partidos de malandragem trazidos para o Arrasta a Sandália por Diego, cantor afiado, afinado e de repertório original. No Arrasta, Diego também segura a marcação.

No comando do batuque, Koka Pereira, no pandeiro, desfila a experiência como mestre de bateria de carnaval e a variação de toques no pandeiro que vão da embolada ao partido alto. A influência do regional fica por conta de Samuel e Rodrigo que, ao lado de Koka, trazem a sonoridade do choro para o Arrasta a Sandália. Com cerca de 20 anos de carreira, Kiko Nogueira, que também integra ao lado de Railídia o grupo Inimigos do Batente, é doutor em roda de samba, também com incursões pelo choro.

Na estréia do Arrasta a Sandália, o repertório lembrou o maestro paraense Waldemar Henrique, carimbós, partido-alto, sambas de roda e composições do rei do Baião Luiz Gonzaga. A idéia do Arrasta a Sandália é fazer uma batucada bem brasileira com o bailado das gafieiras, a alegria das rodas de samba e o feitiço dos batuques"
.

Planejamento de campanha eleitoral

Planejamento de campanha

Como planejar

Basicamente, temos que responder duas perguntas:
1 – Qual é a meta?
2 – Como atingi-la?

A partir destas duas questões, várias outras se abrem e precisam ser respondidas.

O primeiro grupo de questões serve para se determinar a meta com precisão, e inclui perguntas como:

1 – Qual é o mandato pretendido?
2 – Qual é o número de votos necessário para que isto ocorra?

Bom, sabemos que a resposta para a questão um é que o mandato pretendido é para deputado estadual. A segunda precisamos definir. Tendo estas duas questões respondidas, já teremos estabelecida a meta principal.

As questões a seguir são úteis para a execução de um planejamento global de uma campanha:

1 – Qual é o potencial de votos nos bairros, na cidade, nas categorias em que concorro o Candidato?

2 – Quantos votos já temos?
Este é o potencial do candidato

3 – Onde estão e quem são meus eleitores?
Aqui precisamos ter em mente qual a penetração territorial da candidatura e em quais segmentos da população estão os eleitores.

4 – Quantos votos nos faltam?
Aqui subtraímos o número de votos que estimamos na questão 2 pelo número de votos que precisamos

5 – Qual a margem de segurança necessária para assegurar a eleição?
Uma boa maneira de estimar isto é multiplicando o número de votos que precisa por 3.

6 – Onde temos mais chance de consegui-los?
Podemos saber onde conseguir, aplicando o princípio da semelhança ou similaridade, determinando como eleitorado potencial aqueles que tiverem maior semelhança com a resposta obtida na questão 3. Pois é mais fácil ao candidato expandir sua influência a partir dos segmentos da população e territórios onde tenha a sua presença já consolidada.

7 – Quem são meus concorrentes?
Quais são os candidatos que disputa o mesmo eleitorado que o nosso.

8 – Qual a situação deles em relação ao eleitorado?
Conhecer qual a penetração de seus concorrente, para saber quais são seus pontos fortes e fracos.

9 – Quem poderia ser meus aliados? Aqui, e nas questões 10 e 11, pode-se incluir como aliado, possíveis alianças com outros candidatos, no caso, a deputado federal.
Levantamento de lideranças que poderiam colaborar com a campanha. Pessoas formadoras de opinião com quem poderemos contar.

10 – Onde eles atuam e qual a situação?
Esta resposta é importante pois nos permite estudar quais os aliados mais importantes, evitando apoios duvidosos ou pouco vantajosos. Permite também que o Candidato amplie seu universo eleitoral e abranja mais regiões e outras categorias.

11 – Quantos votos poderia nos transferir determinadas alianças?
É importante estimar, ao procurar determinados aliados, quantos votos conseguiremos com este apoio para somarmos ao número de votos que precisamos.

12 – Qual a melhor maneira de manter os votos e conseguir os que nos faltam?
Aqui começa a elaboração das estratégias de ação propriamente dita. Onde determinaremos quem são nossos concorrentes mais fortes (se houver) e onde estão localizados, a fim de defender seu reduto eleitoral e consolidar a sua posição e, a partir daí, procurar ampliar a faixa de eleitorado. Determinar atividades como reuniões, plenárias e festas. É comum o candidato basear sua estratégia em conseguir mais votos (chamada posição de ataque), esquecendo de proteger e fortalecer as posições (eleitorado) conquistadas. Isto leva ao esquecimento, por parte dos eleitores, a ação de outros candidatos concorrentes e, também, dá, ao eleitorado, a impressão de abandono da campanha à fatia em que este eleitor está inserido. A conclusão de tudo isto é a perda de votos conquistados a duras penas.

13 – Quanto nos custaria esta conquista?
Nesta fase do planejamento, baseado nas estratégias de ação, determinaremos as necessidades materiais e humanas e as englobaremos no orçamento.

14 – Quanto temos para gastar e quais os recursos humanos de que dispomos?
Aqui procuraremos realizar um verdadeiro balanço, verificaremos a viabilidade de executar o orçamento proposto e, caso nossas disponibilidades estejam abaixo do ideal, teremos que voltar à questão 12 onde procuraremos enxugar nossas ações, estudando uma nova estratégia, elaborando novo orçamento, mais adequado às possibilidades. No caso de, mesmo após essa reavaliação, o orçamento continuar acima, poderemos passar para o próximo ponto.

15 – Quanto nos falta, onde e como conseguir?

16 – Quanto tempo levaríamos para ampliar nosso orçamento?
Dependendo do tempo para se conseguir mais recursos, o melhor será trabalhar com o que temos, mesmo que com isto limitemos nossa ação.

17 – Quais são as chances de nosso candidato?
Este é o ponto crítico para o candidato. Quando se chegar a este ponto do planejamento é necessário que se utilize toda honestidade possível para que se possa avaliar quais as chances que o candidato tem de ser eleito. Essas chances estão diretamente ligadas à penetração que ele já conseguiu, ao seu potencial de votos, à possibilidade que tem de efetivar alianças, à sua capacidade de financiar a campanha, em relação a tudo que lhe falta. Se o saldo desse balanço for positivo, podemos passar à próxima etapa do planejamento.

18 – Quais os temas que deverão constar da plataforma?

19 – Qual o melhor símbolo e slogan para a campanha?

20 – Qual o melhor visual para a campanha?
O visual, como todos sabemos, inclui todos os materiais a serem executados. Todos devem ser elaborados dentro de um contexto de unidade, ou seja, todas as peças deverão conter elementos visuais comuns, que possibilitem ao público imediata identificação com a sua origem. A escolha desses materiais deve levar em conta, ainda, o conceito penetração (bairro? categoria?), utilidade (onde será fixado, usado) e custo.

21 – Que outros serviços contratar?
A campanha deve contratar o serviço de um assessor de imprensa, devido à importância de manter um alto nível de relacionamento com os meios de comunicação. Responsável por agenda, responsável por contatos com lideranças, por agendar reuniões em bairros e categorias de atuação e outros serviços importantes como os prestados por uma agência de propaganda ou um profissional da área. A campanha deve também contar com uma equipe para colocação e retirada de materiais (faixas, placas, sinalizações) em residências ou outros pontos onde a legislação autorize a veiculação de propaganda eleitoral.

22 – Quando e onde o candidato deve estar presente?
Responde-se a esta questão por meio da elaboração de um roteiro-calendário e de um cronograma de atuação do candidato, onde se inclui a realização dos seus pronunciamentos, a presença em atividades, plenárias, churrascos, festas, eventos, etc.

23 – Como controlar o fluxo financeiro da campanha?
Aqui deveremos indicar pessoas de confiança que controle o volume de entrada e saída, não só de recursos financeiros. Esta pessoa ou pessoas poderão dispor de uma equipe, pois também controlarão todo o volume de campanha, isto é, entrada e saída dos materiais de divulgação da campanha.

24 – Por fim, neste resumo de uma campanha eleitoral, precisaremos ter uma equipe central que controle, selecione, coordene e saiba utilizar todas as informações que venham do conjunto da campanha. Esta equipe ainda terá que orientar e treinar pessoal, formular e reformular estratégias, enfim, será o cérebro da campanha.

Importante: Um fator que devemos levar em consideração é que, para se obter um planejamento confiável, é preferível ser pessimista a ser otimista nas respostas, é melhor estarmos preparados para o pior do que se manter num posicionamento otimista, pois aí, qualquer falha poderá nos custar o desmoronamento da campanha. Deixemos o otimismo para o candidato.

Serra no Jornal Nacional: 12 mentiras em 12 minutos - Portal Vermelho

Serra no Jornal Nacional: 12 mentiras em 12 minutos - Portal Vermelho

Serra no Jornal Nacional: 12 mentiras em 12 minutos

Tratado como se estivesse entre amigos –e estava--, o candidato do PSDB à presidência da República, José Serra (PSDB), participou nesta quarta-feira (11) da rodada de entrevistas com os presidenciáveis do Jornal Nacional, da Rede Globo. Sem ser confrontado pelos entrevistadores, Serra conseguiu se mostrar elegante na forma, mas no conteúdo sua participação foi marcada por um discurso repleto de mentiras e meias-verdades (veja a lista no final desta matéria).

Por Cláudio Gonzalez

 Serra no Jornal Nacional

Na bancada do JN, Serra tenta calçar as "sandálias da humildade", mas o tempo é curto e ele não consegue concluir a mensagem

Apesar da colher de chá que os entrevistadores deram ao candidato para expor suas idéias sem muitos questionamentos, Serra derrapou no final, quando tentou deixar sua mensagem alinhada com a nova estratégia de campanha --a de se distanciar da elite e se mostrar como o candidato dos pobres. Ele enrolou na resposta e acabou sendo cortado.

No início da entrevista, ao ser questionado sobre o fato de estar poupando o presidente Lula de críticas na campanha, Serra desconversou, disse que Lula não é candidato, portanto não é seu adversário, e tentou desqualificar a candidata do PT. Sem citar o nome de Dilma, disse que não se pode 'governar na garupa', insinuando que a ex-ministra, caso seja eleita, faria um governo monitorado pelo atual presidente. A declaração de Serra pode ter gerado a manchete que a mídia queria, mas é uma afirmação potencialmente arriscada para o tucano. Com a popularidade do governo nas alturas, uma parte considerável do eleitorado que aprova o presidente Lula pode estar buscando justamente uma candidatura que "ande na garupa" de Luis Inácio. E esta candidata é Dilma, não Serra.

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Mensalão ressurge como tema

Na única pergunta que parecia mais constrangedora para Serra, Willian Bonner questionou o tucano sobre a aliança com o PTB, numa clara manobra para voltar a falar do “mensalão do PT”. Não precisa ser jornalista nem analista político para saber que houve, nesta pergunta, uma clara intenção de poupar o candidato tucano do desconforto de ter que justificar sua aliança com o DEM, que protagonizou um “mensalão” muito mais recente e constrangedor, que foi o escândalo envolvendo o governador José Roberto Arruda, do Distrito Federal.

Também não se questionou o tucano sobre o “mensalão” mineiro protagonizado por ninguém menos que o ex-presidente do PSDB, Eduardo Azeredo. Privatizações, relação com movimentos sociais, atritos com aliados... foram outros temas espertamente descartados da sabatina.

Tucano assume que não trabalhou direito

Ao falar sobre os caros pedágios cobrados em São Paulo, Serra entrou em contradição. Disse que se "trabalhar direito" dá para fazer estradas boas sem cobrar tarifas elevadas de pedágio. Neste momento, um entrevistador atento e isento teria perguntado: então por que seu governo não fez isso em São Paulo? O senhor “não trabalhou direito”?

Mas a conversa do casal global com o candidato tucano não previa confrontações. Estava tudo dentro do script traçado pela família Marinho para alavancar a candidatura “da casa” e não cabia ali desautorizar o “mais preparado dos homens públicos”.

Palocci: o inocente útil do Serra

Durante a entrevista, mais uma vez, tal como fez no debate da Bandeirantes, José Serra citou o nome do ex-ministro Antonio Palocci, repetindo que o petista "não cansava de elogiar o governo Fernando Henrique" quando foi ministro da Fazenda no primeiro mandato do presidente Lula. A afirmação recorrente de Serra tem dois objetivos: constranger a candidata do PT, Dilma Rousseff –já que Palocci é um dos coordenadores de sua campanha-- e minimizar as críticas ao governo Fernando Henrique.

Pior do que ouvir tal afirmação vinda de Serra é saber que Antonio Palocci não se digna a responder ao tucano. A carapuça lhe serve, portanto não questiona o uso político que Serra faz de seu nome em prejuízo da candidata da qual é coordenador de campanha. Tivesse um pouco mais de dignidade, Palocci no mínimo utilizaria seu espaço cativo nas colunas de bastidores dos jornais para desautorizar o tucano. Mas como não responde, acaba fazendo o papel de "inocente" útil num tema que é crucial para a campanha petista: a comparação entre os governos FHC e Lula.

Sandálias da humildade

Serra tentou, ao final da entrevista, emplacar sua nova estratégia de campanha. Mudar a imagem de candidato da elite e calçar as “sandálias da humildade” para se mostrar como o homem de origem pobre que venceu na vida estudando e ajudando o povo. Serra queria dizer que ia governar para os pobres e não apenas para os ricos. Mas não deu tempo. Por mais cordial que Bonner tenha sido com Serra, não dava para deixar o entrevistado surrupiar minutos a mais que o tempo previsto para a entrevista.

Mentiras e meias-verdades

A íntegra da entrevista de Serra, assim como a de Dilma e Marina, estão facilmente disponíveis na internet. Não é preciso detalhar o que o entrevistado disse ou como disse. Mas é imprescindível apontar as contradições e inverdades contidas em suas declarações. Até por que, são declarações recorrentes, argumentos que o tucano tem utilizado com frequência e, que se não forem devidamente combatidos e esclarecidos, podem atravessar toda a campanha eleitoral travestidos de verdade.

Numa rápida análise da entrevista de 12 minutos ao Jornal Nacional, podemos detectar pelo menos 12 questões levantadas por Serra que não correspondem à realidade. Especialistas em cada assunto poderão encontrar várias outras. Abaixo, um resumo das “mentiras por minuto” que Serra contou aos telespectadores do telejornal de maior audiência da televisão brasileira.

1. Fiz os genéricos...
Parece uma constante na biografia de José Serra a sua pretensão de autoria sobre programas que ele não criou, apenas regulamentou. A história da legislação dos genéricos no Brasil inicia-se pelo então deputado federal Eduardo Jorge, em 1991, quando apresentou o Projeto de Lei 2.022, que planejava remover marcas comerciais dos medicamentos. Em 1993, foi publicado pelo então presidente Itamar Franco, que tinha como ministro da Saúde Jamil Haddad, o Decreto nº 793, que instituiu a política de medicamentos genéricos. Portanto, quando Serra assumiu o Ministério da Saúde, no governo FHC, o programa de medicamentos genéricos já era uma realidade. Serra e FHC apenas revogaram o decreto anterior na íntegra e fizeram uma lei (9.787/99) e um novo decreto (3.181/1999) com muitas concessões ao lobby da indústria farmacêutica.

2. Fiz a campanha da Aids...
O mesmo embuste dos genéricos, Serra aplica em relação ao programa de combate à Aids. Na verdade, o tucano, por uma estratégia de marketing, assume como se fosse dele um programa que é anterior à sua gestão no Ministério. Saiba mais aqui


3. A saúde, nos últimos anos, não andou bem
Serra tenta generalizar para não reconhecer que a situação hoje é melhor que no governo passado. A saúde continua com problemas, é óbvio, sobretudo no atendimento de urgência e emergência de hospitais do país. Mas nos últimos anos, houve melhoras significativas em quase todas as demais áreas da saúde. No governo Lula diminuiu sensivelmente a mortalidade materna e a mortalidade infantil. O Brasil está entre os 16 países em condições de atingir a quarta meta dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio nestas questões. O governo Lula instalou e ampliou programas importantíssimos que não existiam ou estavam subutilizados na gestão de Serra ministro, como o Farmácia Popular, Brasil Sorridente, Saúde da Família -- o financiamento do programa foi triplicado entre 2002 e 2008, passando de R$1,3 bilhão para R$ 4,4 bilhões--, Samu 192 –ao qual SP se nega a aderir até hoje—, PAC da Saúde, UPA 24h, Olhar Brasil, Doação de Órgãos, Bancos de Leite Humano, QualiSUS (fortalecimento do SUS, que os tucanos boicotam), mais investimentos na Política de Saúde Mental, etc. Todo este avanço ocorreu mesmo com o fato da oposição, incluindo o DEM e o PSDB, ter votado pelo fim da CPMF, que destinava recursos para a saúde. Também é preciso frisar que nem todas as ações dependem da União. Governos estaduais e municípios têm ampla participação na gestão da saúde. Serra também não conseguiu resolver os problemas na saúde pública de São Paulo quando foi prefeito, nem quando foi governador.

4. Muita prevenção que se fazia acabou ficando para trás
Mentira pura de Serra. O governo federal manteve e ampliou todas as campanhas de vacinação existentes e ainda incluiu novas vacinas no calendário oficial. Desde 2004, o Ministério da Saúde adota três calendários obrigatórios de vacinação: o da criança, o do adolescente e o do adulto e idoso. O programa de prevenção às endemias funciona bem, ao contrário do que acontecia no governo Fernando Henrique. Quando Serra ainda era ministro da Saúde, o Brasil sofreu com uma terrível epidemia de dengue, ao ponto do tucano ter sido apelidado de “ministro da dengue”.

5. O Roberto Jefferson conhece muito bem o meu programa de governo
Nem Roberto Jefferson nem nenhum outro aliado do tucano conhece o “programa de governo” de Serra porque ele simplesmente não existe. Quando foi entregar o seu “programa” no TRE, a campanha tucana protocolou a transcrição de dois discursos de Serra, e disse que aquilo era o programa de governo da candidatura. Além disso, Roberto Jefferson aliou-se a Serra não por que comunga com o tucano ideias programáticas. Pelo contrário: Jefferson criticou duramente Serra quando o tucano deu declarações contra o “mercado”. O apoio do PTB a Serra tem um único objetivo: facilitar a eleição de deputados da legenda nas coligações regionais.

6. Eu não faço loteamentos de cargos
Serra vem repetindo esta lorota em várias ocasiões. Mas o fato é que quase todas as instituições, estatais e órgãos públicos do governo de São Paulo são chefiados por correligionários ou pessoas indicadas pelos líderes de partidos que governam o estado. As sub-prefeituras da cidade de S. Paulo, tanto na gestão Serra quanto na gestão Kassab, foram e são comandadas por apadrinhados políticos. Aliados de Serra, como o presidente do PPS, Roberto Freire, mesmo não tendo nenhum vínculo com SP, foram nomeados para conselhos de estatais paulistas. O neo-aliado Orestes Quércia (PMDB) já fez diversas indicações para cargos de confiança em SP na atual gestão demo-tucana. Prefeitos de partidos que lhe fazem oposição dizem que Serra governa com mapa político nas mãos e com ele no governo os adversários passam a pão e água. Verbas, convênios e obras só para seus aliados. Ao insistir nesta afirmação de que “não faz loteamento”, o tucano menospreza a inteligência do eleitor e provoca riso –e talvez alguma preocupação-- entre seus aliados, que sabem que alianças são feitas apenas se as forças políticas participantes puderem compartilhar a administração pública do mandatário que ajudaram a eleger.

7. Eu não sou centralizador
Quem desmente o candidato são seus próprios correligionários. As seções de bastidores de política dos principais jornais do país trazem toda semana a reclamação de algum aliado de Serra que protesta contra o modo centralizador como o candidato conduz a campanha. Chegaram a dizer que enquanto a campanha de Dilma é conduzida por um G7, a de Serra é conduzida por um G1, grupo formado por ele mesmo.

8. O Índio da Costa estava entre os nomes que a gente cogitava
Não há nenhum analista político no país que tenha coragem de confirmar esta afirmação de Serra. Simplesmente porque ela é uma mentira deslavada. O nome de Índio da Costa só surgiu aos 45 minutos do segundo tempo, depois que uma dezena de outros nomes já tinham sido descartados e uma crise grave estava instalada na campanha. O próprio Serra disse que não conhecia direito o vice escolhido pelo DEM.

9. Meu vice é jovem, ficha limpa, preparado
Em primeiro lugar, aos 40 anos a pessoa já não é tão jovem assim. Tanto que o deputado do DEM nunca se interessou por projetos ligados à juventude. Mas quanto a isso, sem problemas. O problema é dizer que Índio da Costa é “ficha limpa”. A verdade é que a “ficha” do apadrinhado de Cesar Maia tem algumas manchas bem encardidas. Ele foi um dos alvos da CPI na Câmara dos Vereadores do Rio que investigou superfaturamento e má-qualidade nos alimentos comprados para a merenda escolar, quando ainda era vereador. Além disso, o deputado demista foi sim um dos que relataram o Projeto Ficha Limpa no início, mas o relatório fundamental foi do deputado do PT-SP José Eduardo Cardozo. Quando os tucanos tentam colocar na conta de Índio da Costa a aprovação do projeto Ficha Limpa apelam para o mesmo engodo que Serra aplica quando se diz o criador da Lei dos Genéricos. E, por fim, sobre o adjetivo “preparado”, basta lembrar as trapalhadas e constrangimentos que Índio da Costa causou à campanha tucana logo no início para saber que é um elogio descabido.

10. Nunca o Brasil teve estradas tão ruins
Mais uma vez Serra generaliza para tentar esconder as melhorias ocorridas nos últimos anos. Esta frase de Serra poderia caber durante o governo Fernando Henrique que investiu quase nada em estradas. O governo Lula não só aumentou os investimentos, como promoveu a concessão de algumas rodovias federais que agora recebem melhorias sem que para isso os usuários tenham que pagar elevadas tarifas de pedágio. O canal de notícias T1 (http://www.agenciat1.com.br ) especializado em transportes, desmente o discurso tucano e fornece enorme quantidade de dados e informações que mostram que as rodovias federais melhoraram e não pioraram nos últimos anos.

11. A Fernão Dias está fechada
Serra deveria avisar isso aos milhares de motoristas que trafegavam pela Fernão Dias no exato instante em que o tucano dizia tal mentira. Serra fez a firmação como se a rodovia estivesse totalmente indisponível para o tráfego. O fato é que apenas um pequeno trecho, na região de Mairiporã, da rodovia que liga São Paulo a Minas Gerais está em obras.

12. A Regis Bittencourt continua sendo a rodovia da morte
A Rodovia Régis Bittencourt, que liga São Paulo a Curitiba, foi incluída, em 2008, no plano federal de concessões. Desde então, foram feitas diversas melhorias na via. Os 402 quilômetros da rodovia receberam melhorias no asfalto, nova sinalização, muretas de proteção e serviço de atendimento ao motorista. É fato que os R$ 302 milhões investidos até agora não foram suficientes para acabar com a má fama da Régis, mas foi o governo Lula o primeiro a tomar a iniciativa de melhorar a estrada. No governo FHC, nada foi feito e, apesar da maior parte da rodovia estar em território paulista, os sucessivos governos tucanos em SP nunca propuseram parcerias com o governo federal e/ou municípios para ajudar na conservação da BR.

Serra ainda pretendia contar uma 13a. lorota: a de que vai governar para os pobres e não para os ricos, mas não deu tempo.
 
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